Professora que ficou famosa após falar algumas verdades veio ao 180graus e deu entrevista

Ela aproveitou para falar sobre o descaso com a educação no Piauí e fez comparações mostrando o quanto um professor piauiense 'ganha pouco'.
A professora de Língua Portuguesa, Amanda Gurgel, esteve no Portal 180 Graus e falou sobre as dificuldades dos professores no dia a dia e sobre o tratamento secundário dado pelos governos ao longo dos últimos anos à Educação.
Durante a entrevista concedida ao Portal 180 a professora fez reiterados pedidos para que o "discurso político" e "a situação dos professores" tivessem mais peso na publicação do que a sua própria imagem. "Queria focar no discurso político, porque eu não tenho o menor interesse de focar na minha imagem", disse.
Segundo Amanda a média salarial de um professor do estado do Piauí é uma das piores. “O professor aqui no Piauí ganha apenas R$900,00 por 40 horas trabalhadas enquanto no Rio Grande do Norte nossa média é de R$930,00 por 20 horas, ou seja, o professor aqui trabalha o dobro pra ganhar tão pouco”, disse Gurgel.
“Vejo que nada mudou desde que o vídeo caiu na internet, ainda falta muito para se fazer, pois os professores ganham muito pouco e não são reconhecidos da maneira correta. Aqui no Piauí os professores estão na luta por melhorias salarial, e no país inteiro não é diferente, a classe precisa de melhorias,” afirmou a professora.
Agora a educadora entra no movimento SOSUESPI, que é um movimento criado por professores e alunos da Universidade Estadual do Piauí que lutam por melhorias. O movimento foi instalado depois de uma assembléia entre alunos e professores em Setembro de 2010, e conta com o apoio do SiNDSERM e já ganhou força e repercussão nacional através do microblog ‘twitter’.
“A greve no Piauí não é culpa dos professores nem de alunos e sim dos governantes, pois os professores querem trabalhar mais não tem as condições básicas para desenvolver o que mais sabe fazer, ensinar. Pontuou a doscente. O professor Daniel Solon, falou que durante esta semana ocorreram assembléias e audiência publica para decidir a situação. “Nós professores não gostamos de greve, mais se for necessário e não resolverem a situação iremos entrar de greve no segundo semestre e não retornaremos as aulas”, disse Solon.
0 comentários:
Postar um comentário