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29 de junho de 2011

Deu na Imprensa: Oposição acusa direção do Sinte de fraudar congresso

A abertura do 13º Congresso Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte\RN) foi marcada pelo protesto de professores que consideraram o evento um golpe da direção do sindicato.
O Congresso é a instância máxima de deliberação da categoria e determina desde as diretrizes políticas a serem seguidas até as mudanças no estatuto do sindicato. Todas as teses são votadas por delegados eleitos pelos funcionários das escolas e é disso que os manifestantes reclamavam. "As escolas estaduais estão em greve e não houve tempo hábil para articularmos essa eleição. Portanto, a maioria das escolas estaduais está sem delegado neste Congresso e ele não pode ser considerado legítimo", disse Tita Holanda, professor da Escola Estadual Antônio de Souza, localizada em Parnamirim.

Com mordaças pretas na boca, os manifestantes entraram no auditório onde era realizada a abertura do evento e interromperam o início do congresso por alguns minutos, enquanto discursavam contra a legitimidade das deliberações que viessem a acontecer. "Tudo aqui é um golpe: a data deste evento, o local onde está sendo realizado e a forma como os delegados foram eleitos. As escolas estaduais estão em greve e não têm representação aqui, portanto o que for decidido não corresponde aos anseios da categoria", disse a professora Amanda Gurgel. Segundo ela, uma das reivindicações da oposição à direção do sindicato é de que a direção eleita possa ter apenas dois mandatos consecutivos.

A atual presidente do Sinte\RN, Fátima Cardoso, rebateu a informação de que as escolas estaduais não tinham representação no congresso e afirmou que a eleição dos delegados está registrada em atas. "Fizemos tudo como manda o estatuto. As eleições para delegados começaram no dia 24 de abril. O que está acontecendo aqui é que existe uma oposição dentro do próprio sindicato que sempre está insatisfeita com tudo. Eles são inconformados porque nós temos credibilidade com a base e o nosso modelo de gestão é democrático e compartilhado", disse. Apesar da manifestação durante a abertura do congresso, Fátima Cardoso afirmou que o objetivo do sindicato seria cumprido. "Temos 510 delegados eleitos pelos funcionários de suas escolas para representar a categoria. Estamos aqui para aprovar as resoluções para a categoria, o plano de lutas para os próximos anos, e é isso que iremos fazer.", disse.

1 comentários:

Sandro Abayomi disse...

Oi Amanda. Acho que a decisão da direção do SINTE e o argumento da oposição revelam muito mais da "desmobilização" do que "mobilização" da categoria. Estando mobilizada, não haveria problema algum para a categoria se reunir, em cada escola, e organizar o processo de escolha de seus respectivos representantes. Mas, na verdade, há uma a greve não se traduz em "categoria em estado permanente de mobilização" (o que sugere um profundo questionamento da natureza e eficácia da greve nesse momento). Assim, reconhecendo esse estado (de "desmobilização") a direção faz um Congresso e a Oposição argumenta sua ilegitimidade...Mais um capítulo desse processo de descaracterização da greve, da suposta mobilização da categoria...e algo a se refletir quando se pensa em um movimento de greve em setores como a Educação (especialmente a pública).

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