gustavo

10 de maio de 2012

Deu no Portal do PSTU: Professora Amanda Gurgel participa de atividades da greve dos trabalhadores em educação da Bahia

Humberto Dias, de Salvador (BA)

Amanda com professores da Bahia (Duda Carvalho)
Nesse dia 7 de maio, a professora Amanda Gurgel esteve presente em Salvador para participar das atividades da greve dos trabalhadores em educação do estado da Bahia. Pela manhã, Amanda participou da assembleia da categoria que está em greve há quase um mês. Durante a assembleia, com aproximadamente 800 trabalhadores, Amanda declarou solidariedade de todos os professores de Natal (RN) à greve e falou da importância de que, nesse momento, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convoque uma luta nacional do setor da educação. Em Natal, os professores também se encontram em greve pelo pagamento do piso.

Durante a tarde, Amanda participou de uma atividade, convocada pelo núcleo de professores da CSP-Conlutas, na Assembleia Legislativa da Bahia, ocupada pelos grevistas há quase um mês. Estiveram presentes cerca de 100 professores. Na ocasião, Anderson, da Intersindical, destacou a diferença dessa greve para as outras mobilizações da categoria, pois, nesse momento, os professores lutam pela efetivação de duas leis já aprovadas (Lei do Piso e FUNDEB) e se enfrentam com um governo do PT. Nesse sentido, argumentou que os dados tem mostrado que o problema na Bahia não é a falta de verbas para aumentar o salário dos professores, mas sim a falta de prioridade do governo Wagner.

O professor Valdir dos Santos (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Lauro de Freitas – ASPROLF) também esteve presente na atividade e resgatou que há um mês os professores de Lauro de Freitas estavam em greve para exigir do governo de Moema Gramacho (PT) também o pagamento do piso nacional. Percebe-se, assim, que o descaso dos governantes não se resume só ao governo no Estado, mas também as prefeituras que desvalorizam os professores e a educação de conjunto.

Amanda Gurgel iniciou sua fala parabenizando os professores pela greve radicalizada que realizam, e que a ocupação da assembleia legislativa mostra a disposição de luta da categoria, servindo de exemplo para outros estados. “Esta greve entrará para a história do movimento brasileiro”, afirmou Gurgel.

A professora lembrou que os professores de Natal (RN), do Piauí, Sergipe, Amapá e Santa Catarina também estão em greve pelo pagamento do piso e o cumprimento da Lei. “A situação dos professores da Bahia é semelhante a dos professores de todo o Brasil e, em todo o país, os professores respondem com lutas para resgatar a nossa dignidade e conquistar melhores condições de trabalho”, destacou.

Amanda reafirmou ainda a necessidade da luta conjunta pela garantia dos 10% do PIB para a educação pública já como forma de melhorar as condições de trabalho e de remuneração da categoria. Amanda ainda abordou a ausência da CNTE, que não tem sido responsável com a condução das mobilizações da categoria, e que deveria chamar mobilizações nacionais imediatamente para unificar as diversas lutas que estão ocorrendo Brasil a fora.

Após a fala de Amanda, ativistas da CSP-Conlutas, professores da UFBA, IFBA, e diversos professores em greve relataram a situação de descaso com a educação no país e a necessidade de organizar a luta da categoria por uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Ao final da atividade, foi exibido um vídeo produzido no congresso da CSP-Conlutas, no qual vários professores de diversos estados do país prestam solidariedade e mandam mensagens de apoio à luta dos professores do estado da Bahia.

Fonte: Portal do PSTU

3 comentários:

LET'S SPEAK ENGLISH! disse...

Amanda, agora a pouco vi todo seu pronunciamento. Sou professora como voce, o unico detalhe é que por conta da minha familia, pedi licensa sem vencimento para vir morar na Alemanha por 3 anos, podendo aumentar por mais 3 anos, para a partir dai decidir sobre a minha vida no Brasil. Nao estou recebendo nada do estado da Bahia pois nao ha recebimento de salario. Me solidarizo com sua luta e peco a Deus profundamente que sua luta nao se disvirtue por conta de partidos politicos. Creio que haja politicos serios que realmente desejam fazer algo por educacao, saude, seguranca no brasil que sao considerdos prioridades maximas, contudo acredito que somos cercados por mafiosos que nao pouparao esforcos para destruir quem quer que entre no caminho deles. Estou londe mas nao deixo de ler e me informar sobre o que acontece no Brasil. Vivo uma vida muito mais tranquila aqui e em termos de educacao, com todos os problemas que se pode enfrentar na Europa, ainda se pensa em educacao de forma muito mais responsavel que se ve no Brasil. Pelo histórico da Alemanha voce pode saber que a maioria das escolas sao publicas e universidades também. Os professores sao trabalhadores de turno integral das escolas e podem se dedicar em tempo integral para a formacao dos alunos e sua prorpia formacao. Estamos com voce, na luta pela educacao. Continue lutando pois voce eh uma guerreira e os guerreiros podem até se abaterem, mas jamais serao derrotados. Lute por voce, por mim por nós. Mas por favor, nao faca como muitos ex-presidentes de movimentos estudantis que ao chegarem ao poder, esqueceram que a pauta educacao continua sendo prioridade. Beijoss minha linda, Deus lhe abencoee

LET'S SPEAK ENGLISH! disse...

Nao me apresentei, me chamo Joelma Muniz Ferreira

Só sei que nada sei! disse...

Professora Amanda, embora eu concorde que os professores merecem salários melhores, eu vejo que a classe docente relaciona a má qualidade da educação apenas com os salários oferecidos.Escuto discursos dos professores que reclamam das condições das escolas, da falta de segurança, falta de apoio, das classes multiseriadas, da progressão continuada.Entretanto, nunca ví a categoria parar sem que seja por aumento salarial.Isso prova, que não há uma preocupação com a educação , mas apenas com suas condições.O líder da APLB da Bahia, tem seu filho estudando em um dos colégios mais caros de Salvador.Qualidade na educação, só haverá quando existir uma parceria.Professores, exijam dignidade, respeito.Façam-se se respeitar.Dignidade e respeito nãos e conquista apenas com salários.Parem de agir como mercenários!

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